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Substratos para Pleurotus ostreatus

Descubra como diferentes insumos podem impulsionar sua produção de cogumelos

Os blocos axênicos para Pleurotus ostreatus são substratos cuidadosamente esterilizados e enriquecidos, proporcionando um ambiente ideal para rápida colonização e alta produtividade. Combinando diferentes materiais, esses blocos permitem otimizar a produção e qualidade do cogumelo conhecido popularmente como shimeji.

O Pleurotus ostreatus é um dos cogumelos mais cultivados no mundo, especialmente valorizado por sua versatilidade e sabor. Utilizar blocos axênicos como substrato é uma prática que tem revolucionado o mercado devido à sua eficiência, praticidade e possibilidade de padronização das produções e por isso hoje vamos abordar especialmente essa técnica focando na formulação para o cultivo dos shimejis.

Por que utilizar blocos axênicos para Pleurotus ostreatus?

Os blocos axênicos garantem um substrato limpo e livre de contaminantes, essencial para o desenvolvimento saudável do Pleurotus ostreatus. A esterilização eficaz do substrato elimina riscos de contaminação por fungos competidores ou bactérias, aumentando significativamente a taxa de sucesso e a produtividade.

Entenda mais sobre os blocos axênicos e conheça também o método de pasteurização severa, uma alternativa ao procedimento de autoclavagem.

Estudos publicados na revista Scientia Horticulturae (2019) indicam que substratos à base de serragem de eucalipto suplementados com farelos e resíduos agrícolas proporcionam alta eficiência biológica, chegando a mais de 150% quando combinados adequadamente. Essa alta taxa reflete não só na produção acelerada, mas também em cogumelos mais robustos e uniformes.

Formulações recomendadas para Pleurotus ostreatus

A base mais utilizada em blocos axênicos para Pleurotus ostreatus é a serragem, especialmente de eucalipto, devido à sua abundância e excelente aceitação pelo micélio. Outras madeiras adequadas incluem pinus, álamo e carvalho, que também proporcionam ótimos resultados. Uma formulação comum pode incluir 80-90% de serragem, suplementada com 10-20% de farelos como trigo, arroz, soja ou milho.

Adicionalmente, resíduos agroindustriais como borra ou casca de café e casca de soja são altamente eficientes como suplementos nutricionais. A borra de café, por exemplo, rica em nitrogênio e minerais, pode ser usada em concentrações de até 10%, enquanto casca de soja é frequentemente usada até 15%, promovendo uma colonização rápida e um excelente rendimento.

Resultados na prática: produtividade e eficiência

Produtores que adotam essas formulações com blocos axênicos relatam colheitas maiores, ciclos produtivos reduzidos e cogumelos de alta qualidade. O aumento da eficiência biológica, que mede a conversão do substrato em cogumelos frescos, frequentemente supera métodos tradicionais, proporcionando uma produção consistente e previsível.

Pleurotus ostreatus em substratos compostados

Embora os blocos axênicos sejam altamente eficazes, Pleurotus ostreatus também pode ser cultivado com substrato de composto pasteurizado. Essa técnica, que utiliza principalmente palhas e outros resíduos vegetais, é aceita pelo fungo por oferecer condições favoráveis para seu desenvolvimento, especialmente após a pasteurização que reduz significativamente contaminantes. Apesar de menos previsível que os blocos axênicos, este método é amplamente utilizado devido ao seu menor custo operacional e possibilidade de aproveitamento de resíduos agrícolas locais.

Aqui você pode aprender mais sobre o composto pasteurizado.

Em resumo, seja com blocos axênicos ou substratos compostados, o Pleurotus ostreatus mostra-se uma espécie versátil e adaptável, permitindo diversas abordagens produtivas que podem ser escolhidas de acordo com as necessidades específicas de cada produtor.

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Sobre a autora:

Cultivo de Cogumelos
Renata Paccioni | Fundadora da Academia Fungicultura, a primeira plataforma nacional de ensino em biotecnologia fúngica. A AgriShow a reconhece como especialista pioneira ao cultivar cogumelos em 30°C, desafiando padrões técnicos estabelecidos. A ANPC a nomeou Diretora Administrativa, coordenando iniciativas que moldaram o setor brasileiro. Renata formou mais de 500 profissionais através de suas metodologias próprias e é reconhecida como uma das principais autoridades em fungicultura do país. A FATEC e UMC a graduaram em Gestão do Agronegócio e Ambiental, a FGV lhe conferiu Pós-Graduação em Administração Executiva, e a Embrapa certificou sua especialização técnica em Fungicultura. Renata é pioneira na introdução de tecnologias de biomateriais com micélio no Brasil e produz conteúdo especializado há mais de 20 anos, aplicando IA e automação para potencializar negócios sustentáveis.