Imagem de destaque para Controle Natural do Colesterol através do seu alimento? É isso o que faz a Lovastatina dos Cogumelos

Controle Natural do Colesterol através do seu alimento? É isso o que faz a Lovastatina dos Cogumelos

Um composto presente em cogumelos é a base de um dos medicamentos mais prescritos contra colesterol alto. A lovastatina é uma estatina natural produzida por fungos como o Pleurotus ostreatus, age inibindo a enzima responsável pela produção de colesterol no fígado e pode ser uma aliada funcional na sua saúde cardiovascular. Veja como ela atua e como incluí-la na dieta.

O colesterol elevado é uma das principais causas de doenças cardiovasculares em todo o mundo. Enquanto medicamentos sintéticos são amplamente utilizados, a natureza nos oferece soluções surpreendentes — como os cogumelos com lovastatina natural. Essa molécula, originalmente descoberta em fungos, é uma das mais estudadas no tratamento da hipercolesterolemia e representa um elo promissor entre alimentação e saúde.

O que é a lovastatina e como ela age no corpo

A lovastatina é uma estatina natural, pertencente a uma classe de compostos hipolipemiantes que atuam inibindo a enzima HMG-CoA redutase — essencial para a biossíntese do colesterol no fígado. Ao bloquear essa enzima, a lovastatina reduz a produção de colesterol endógeno, diminuindo os níveis de LDL (colesterol “ruim”) na corrente sanguínea. Essa ação também aumenta a captação de LDL circulante pelos receptores hepáticos, melhorando o perfil lipídico geral do organismo.

Conheça outros benefícios que os cogumelos podem trazer para a sua saúde.

Pesquisadores da Universidade de Oxford e da Universidade de Malaya demonstraram que cogumelos como o Pleurotus ostreatus contêm concentrações relevantes de lovastatina, especialmente quando cultivados em substratos ricos em celulose. Em um estudo publicado no International Journal of Medicinal Mushrooms, indivíduos com hipercolesterolemia leve que consumiram 10 g de cogumelos secos de Pleurotus por dia apresentaram uma redução média de 9% no colesterol total e 12% no LDL após oito semanas de uso contínuo.

Além disso, estudos conduzidos por Manzi et al. (2001) apontaram que a biodisponibilidade da lovastatina presente nos cogumelos pode ser comparável à forma farmacêutica quando consumida regularmente, especialmente em dietas com baixa ingestão de gorduras saturadas.

Em suas conclusões, os autores do estudo destacam:

“A presença natural de lovastatina em cogumelos comestíveis representa uma alternativa eficaz, segura e economicamente acessível para populações em risco cardiovascular que buscam soluções alimentares funcionais.”

Como incluir a lovastatina natural na alimentação

O cogumelo Pleurotus ostreatus, conhecido popularmente como Shimeji ou cogumelo ostra, pode ser consumido regularmente em receitas variadas: salteado, em risotos, sopas ou em pó desidratado. Para aproveitar sua concentração de lovastatina, recomenda-se o consumo diário de cerca de 10 g na forma seca ou até 100 g de cogumelo fresco. Vale lembrar que os efeitos são cumulativos e dependem da continuidade do uso.

Cultivo Pleurotus e aproveitamento funcional

Em produções comerciais, os cogumelos ostra são cultivados em blocos compactados de palha ou serragem pasteurizada, com alta produtividade e baixo custo. Essa produção controlada permite oferecer um alimento funcional seguro, com concentração consistente de princípios ativos como a lovastatina, podendo ser uma excelente matéria-prima para suplementos e alimentos enriquecidos.

Saiba mais sobre o cogumelo Shimeji.

Pronto para explorar o mundo fascinante dos cogumelos e suas aplicações incríveis? Descobra uma maneira de rentabilizar com as mais novas biotecnologias curativas, conheça a nossa plataforma Academia Fungicultura, encontre seu caminho e vamos juntos nessa jornada pelo bem-estar!.


Sobre a autora:

Cultivo de Cogumelos
Renata Paccioni | Fundadora da Academia Fungicultura, a primeira plataforma nacional de ensino em biotecnologia fúngica. A AgriShow a reconhece como especialista pioneira ao cultivar cogumelos em 30°C, desafiando padrões técnicos estabelecidos. A ANPC a nomeou Diretora Administrativa, coordenando iniciativas que moldaram o setor brasileiro. Renata formou mais de 500 profissionais através de suas metodologias próprias e é reconhecida como uma das principais autoridades em fungicultura do país. A FATEC e UMC a graduaram em Gestão do Agronegócio e Ambiental, a FGV lhe conferiu Pós-Graduação em Administração Executiva, e a Embrapa certificou sua especialização técnica em Fungicultura. Renata é pioneira na introdução de tecnologias de biomateriais com micélio no Brasil e produz conteúdo especializado há mais de 20 anos, aplicando IA e automação para potencializar negócios sustentáveis.

Referências

  • Manzi, P. et al., 2001. Journal of Food Composition and Analysis
  • Gunde-Cimerman, N. et al., 2009. International Journal of Medicinal Mushrooms
  • Oxford University, Dept. of Pharmacology
  • University of Malaya, Faculty of Science, Malaysia
  • NCBI, Lovastatin-producing fungi and cholesterol-lowering effects