Onde Arte e Ciência se Encontram na Microfotografia

Wim van Egmond transforma seres microscópicos em obras visuais, usando técnicas pioneiras que mesclam fotografia, microscopia e time‑lapse. Seu trabalho não só encanta, mas também educa sobre a importância dos microrganismos na natureza.

Desde criança, Wim se encantava com livros de história natural do avô. Inicialmente dividido entre as artes e a ciência, mais tarde encontrou seu caminho como microfotógrafo — combinando estudo de pintura e fotografia com abordagens científicas.

Microrganismos como Modelos de Arte

Wim escolhe organismos que variam de diatomáceas e euglena até fungos e rotíferos. Ele considera que esses pequenos seres, apesar de invisíveis a olho nu, têm formas e movimentos tão expressivos quanto o melhor da arte abstrata — e essa dualidade é seu composto preferido.

Técnicas Artesanais e Inovadoras

Sem acesso a grande infraestrutura científica, ele improvisa: usa bigodes de gato para posicionar micro‑organismos, Vaselina para manter lâminas no lugar e cobre‑lâminas montadas à moda antiga. O resultado conquista prêmios como o Nikon Small World em múltiplas edições.

Micro‑paisagens e Time‑Lapse

Com foco em séries de imagens, ele constrói “micro‑paisagens” dignas de exploração, revelando texturas de fungos como se fossem florestas em miniatura.
Em vídeos time‑lapse, fungos como Penicillium e Aspergillus ganham vida, movendo‑se e transformando‑se diante da câmera.

Contribuições para Ciência e Educação

Wim já colaborou em documentários (como Fungi: Web of Life), ajudou a criar o museu Micropia e liderou workshops para despertar curiosidade sobre microbiologia em crianças. Sua obra inspira públicos a ver mais do que simples microrganismos — mas protagonistas invisíveis da vida.

O trabalho de Wim van Egmond é uma ponte entre arte e ciência, mostrando que há beleza e complexidade em escalas invisíveis. Suas imagens e filmes revelam universos fascinantes e convidam todos nós a redescobrir o que vivemos diante dos olhos.

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Sobre a autora:

Renata Paccioni | Fundadora da Academia Fungicultura, a primeira plataforma nacional de ensino em biotecnologia fúngica. A AgriShow a reconhece como especialista pioneira ao cultivar cogumelos em 30°C, desafiando padrões técnicos estabelecidos. A ANPC a nomeou Diretora Administrativa, coordenando iniciativas que moldaram o setor brasileiro. Renata formou mais de 500 profissionais através de suas metodologias próprias e é reconhecida como uma das principais autoridades em fungicultura do país. A FATEC e UMC a graduaram em Gestão do Agronegócio e Ambiental, a FGV lhe conferiu Pós-Graduação em Administração Executiva, e a Embrapa certificou sua especialização técnica em Fungicultura. Renata é pioneira na introdução de tecnologias de biomateriais com micélio no Brasil e produz conteúdo especializado há mais de 20 anos, aplicando IA e automação para potencializar negócios sustentáveis.

Image: Wim van Egmond